Assim vai a vida sexual dos portugueses: “A masturbação ainda é vista como uma forma de traição”

No Dia Internacional do Fetiche fomos tentar perceber como está a vida sexual dos portugueses.

No dia em que se assinala esta efeméride é importante perceber se ainda há muitos assuntos tabu entre os casais portugueses. A sexóloga Joana Lima confirma isso mesmo. Estando a masturbação no topo das vergonhas. “Ainda existem vergonhas e assuntos com os quais muitos casais ainda não se sentem à vontade. A masturbação, que muitas vezes ainda é vista como uma forma de “traição” ou como manifestação de insatisfação sexual perante o(a) parceiro(a), é um problema frequente. A ideia de que a mulher “normal” tem de ter orgasmo em todas as relações sexuais ou que deve obrigatoriamente ter orgasmo com a penetração vaginal também causa desconforto em vários casais, fazendo com que a mulher se sinta “anormal”, com vergonha e frustrada com a sua “falha” e, por outro lado, com que o homem se possa sentir incapaz.

Em relação às fantasias, fetiches, ainda existe muito preconceito na nossa sociedade, que se reflete também nos casais, que frequentemente têm vergonha de expor um ao outro práticas que gostariam de experimentar.

No entanto, no meio de tanto tabu, há fantasias sexuais mais comuns que outras: “As fantasias sexuais mais frequentemente invocadas pelos portugueses são a prática de sexo a três ou em grupo, sexo em lugares públicos, sexo com desconhecidos e diversas práticas na área do BDSM,” explica a especialista.

Entrevistada: Joana Lima, Ginecologista e Sexóloga no Hospital Lusíadas, Porto