Estreou ontem nos EUA a tão esperada entrevista de Meghan Markle e príncipe Harry com Oprah – aqui está tudo o que precisa de saber.
Durante as duas horas de entrevista com Oprah Winfrey, o casal real expôs como se sentia oprimido e controlado pelas regras que tinha de seguir enquanto membro da família real.
Meghan conta que inicialmente se sentiu bem recebida pela família real britânica, no entanto, rapidamente se sentiu oprimida e “encurralada” quando lhe tiraram o passaporte, a carta de condução e as chaves. Esta recorda também uma vez que lhe foi negada uma saída do palácio para ir almoçar fora.
Durante a conversa com Oprah, Harry e Meghan contaram que vão ter uma menina, e relembraram momentos da primeira gravidez de Markle, enquanto ainda eram membros da realeza. Aos cinco meses de gravidez, Meghan sentia-se desesperada e “sem vontade de viver” dada a pressão e ansiedade imposta pelas normas realeza. Quando comunicou o seu estado de espírito, foi-lhe negada ajuda psicológica porque “não seria bom para a instituição”.
Meghan diz que Harry lhe salvou a vida ao mudarem-se para Los Angeles. Ao falarem do estado psicológico de Meghan, Harry afirmou que falta apoio e compreensão para lidar com estes problemas e que a história se repetia, dando o exemplo da sua mãe, Lady Di.
Ainda grávida de Archie, o seu primeiro filho, foi-lhe negado o título de príncipe porque membros da família real estavam preocupados com o seu tom de pele ser muito escuro. Quando Oprah lhes perguntou quem tinha expressado esses comentários, estes recusaram revelar.
Durante a entrevista, foi referido o afastamento de Harry com o seu pai, príncipe Charles porque este parou de retornar chamadas e parou de o ajudar financeiramente, e com o seu irmão, William. Harry acredita que o seu irmão tenha um caminho de vida diferente, e que a sua mãe, princesa Diana ficaria “triste e zangada” por sentir que este tenha de se afastar da família, mas que ia entender, porque queria que os filhos fossem felizes. Harry diz que também se sentia preso até conhecer a Meghan, e que a sua relação também o salvou.
Na altura das preparações para o casamento de Meghan com Harry, Kate Middleton e Markle estavam a escolher vestidos para as meninas das flores, quando a sua cunhada a fez chorar. Segundo Meghan, Kate estava chateada com alguma coisa, mas esta pediu-lhe desculpas, oferecendo-lhe flores.
Apesar dos afastamentos, o casal fala regularmente com rainha Isabel II, e falou com ela recentemente, quando o príncipe Filipe foi hospitalizado.
Ao entrar para a família real, Meghan admitiu que era ingénua e que não sabia muito sobre costumes e tradições da família, tanto que não sabia que tinha de fazer saudar a rainha com uma cortesia, e que lhe estes passos lhe foram ensinados por Fergie, a Duquesa de Iorque, poucos minutos antes de ter conhecido a rainha, em 2017.
Os duques de Sussex contaram que planeavam o “Megxit” seis meses depois do seu casamento em maio de 2018 – Meghan compara vida no Palácio de Kensington ao confinamento do covid-19, porque tal como a pandemia, também a realeza a impedia de sair de casa quando queria.
No finalizar da entrevista, o casal diz que encontrou o seu “final feliz” ao mudarem-se para Los Angeles – “Sem arrependimentos”, disse Harry, “O meu único arrependimento foi ter acreditado neles [na Família Real] quando me disseram que ia estar protegida.”, responde Meghan.
A entrevista divide opiniões, e alguns seguidores da monarquia consideram-na egoísta e desrespeitosa para príncipe Filipe, que continua hospitalizado a recuperar de uma operação ao coração. Esta é esperada que seja a entrevista real mais importante desde a entrevista de princesa Diana com a BBC em 1995.
Harry e Meghan afirmam que precisavam de falar para poderem seguir em frente, e pretendem “viver autenticamente”, acabando por mostrar um pouco da sua vida em Los Angeles, como a sua mansão e as suas galinhas.
Segundo fontes oficiais do palácio, a rainha não vai assistir à entrevista, que será transmitida esta noite no Reino Unido.