No Dia da Mulher, relembramos 10 mulheres portuguesas que marcaram a história

Algumas mulheres que marcaram a história do país.

Antónia Rodrigues (1580-?)      

Antónia é a primeira e única cavaleira condecorada pelo exército português, durante séculos. Segundo o National Geographic, tinha apenas 12 a 15 anos quando se juntou ao exército português como soldado. A sua forma feminina ainda não era evidente, lutou disfarçada de rapaz. Como era dotada no uso da espada, deram-lhe honras de oficial-cavaleiro. Decidiu revelar o seu segredo quando se apaixonou por um colega soldado, que mais tarde se tornou seu marido.

Carolina Beatriz Ângelo (1878 – 1911)  

Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a votar em Portugal numa altura em que apenas homens portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e fossem chefes de família podiam votar. Carolina conseguiu este feito por ser considerada “chefe de família”.

Além disto, foi a primeira médica a operar no Hospital São José, em Lisboa.

Florbela Espanca (1894 – 1930)

Marcou a história da literatura portuguesa, sendo uma das maiores poetisas do país. Teve uma vida pautada pela depressão e apesar de ter falecido nova, deixou poemas e contos que impactam até aos dias de hoje.

Maria de Lourdes Braga de Sá Teixeira (1907 – 1984)   

Ficou conhecida como a primeira mulher portuguesa autorizada a pilotar um avião. Depois de Maria, só passado 19 anos é que outra mulher foi autorizada a pilotar um avião.

Era carinhosamente tratada por ‘Milú’ e pediu ao seu pai que lhe deixasse tirar a licença de piloto. O pai recursou e esta chegou a fazer greve de fome, até que o seu pai acabou por ceder. Esta posição foi apoiada por Adelaide Cabete e o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas que organizaram uma angariação de fundos para lhe comprar um avião.

Maria Helena Vieira da Silva (1908 – 1992)       

Pintora, ilustradora e escultora. Marcou a arte portuguesa não se deixando influenciar por outras correntes artísticas que não a sua. A sua formação artística foi feita em França, onde acabou por ficar a morar. Também foi ativista e pertenceu à associação ‘Amis du Monde’, de resistência contra movimentos fascistas.

Manuela de Azevedo (1911 – 2017)      

Foi a primeira mulher portuguesa a adotar o jornalismo como profissão. O seu trabalho mais marcante foi a sua entrevista ao aclamado escritor Ernest Hemingway, em 1945. Para conseguir entrevistar Humberto II de Itália, que estava exilado em Portugal, disfarçou-se de criada para enganar os guardas da PIDE.

Também foi professora de Português e Francês, chefe de redação da revista Vida Mundial. Terminou a carreira no Diário de Notícias e viveu até aos 105 anos.

Amália Rodrigues (1920 – 1999)              

É um nome incontornável nas figuras femininas do nosso país, que além de ser a maior voz do Fado, também o levou a todos os cantos do mundo, juntamente com o nome de Portugal. Além de cantora também foi atriz.

Maria Eugénia Varela Gomes (1925 – 2016)      

Uma das caras na luta antifascista e chegou a ser presa pela PIDE e enviada para a prisão de Caxias. Foi uma figura da resistência e na ajuda a presos políticos. Tinha as suas convicções, mas não pertencia a nenhum partido.

Maria de Lourdes Pintasilgo (1930-2004)           

Nasceu em Abrantes e foi a primeira e única primeira-ministra em Portugal. Apesar de o ter ocupado durante pouco tempo, apenas seis meses, de julho de 1979 a janeiro de 1980. Além de política, era engenheira química e dirigente eclesial.

Maria Cabral (1941 – 2017)       

Foi o rosto do ‘Novo Cinema Português’, como era classificada pela Academia Portuguesa de Cinema. Foi uma atriz de sucesso e protagonista de ‘O Cerco’ (1970), de António da Cunha Telles, que lhe valeu os prémios da Secretaria de Estado da Informação e Turismo e da Casa da Imprensa e Plateia para melhor atriz.